domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ordem dos Músicos do Brasil - OMB

OMB & UNIÃO DOS MÚSICOS DO BRASIL - UMB


A Ordem dos Músicos, com seus conselhos regionais e federal,  tinham como seus fiéis militantes e defensores músicos como Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnatalli e Francisco Mignone.

Em 1957, o maestro Siqueira fundou a União dos Músicos do Brasil (UMB) para solucionar uma questão essencial para a classe: a regulamentação e o reconhecimento legal da profissão de músico, que não existia. "Na época, os músicos eram divididos em grupos estanques que não tinham relações em comum. Fomos até o Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, e conseguimos um grande número de assinaturas - foi um milagre de configuração política", relembra o teatrólogo e violinista Hélio Bloch, sócio número 2 da UMB.

Durante um ano, a associação atuou como uma espécie de "CUT musical", agregando os sindicatos estaduais e as bandas militares. Em 1958, o maestro Siqueira, que também era advogado, trocou a batuta pela caneta e redigiu um anteprojeto de lei para a criação da Ordem dos Músicos.
O documento foi entregue ao presidente da República Juscelino Kubitschek - JK, no dia de seu aniversário, durante uma alvorada musical. Os artistas queriam que o presidente acordasse para o problema da regulamentação da profissão. E foi o que aconteceu, literalmente.
Às 5h. da manhã, uma orquestra se instalou nos jardins do Palácio do Catete e, sob a regência de Eleazar de Carvalho, atacou uma apoteótica interpretação da folclórica canção Peixe Vivo.
Juscelino sancionou a Lei nº 3.857, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, em 22 de dezembro de 1960, e o primeiro presidente do órgão foi seu próprio idealizador. Siqueira ficou três anos no cargo. Em 1964, com o golpe militar, ele e outros dirigentes regionais da OMB como Constantino Milano Neto, em São Paulo, foram acusados de pertencer ao Partido Comunista e acabaram destituídos após uma intervenção federal,
 afirma Bloch.

 "Acho que o fato de Siqueira ser um simpatizante atuante das ideologias de esquerda influenciou a inclusão de seu nome na lista negra do regime militar", afirma Bloch.

O paraibano José de Lima Siqueira ao falecer, na cidade do Rio de Janeiro, em 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural. Compositor, regente, professor e musicólogo, Siqueira criou e dirigiu quatro orquestras - a Sinfônica Brasileira, a Sinfônica do Rio de Janeiro, a Sinfônica Nacional e a Orquestra de Câmara do Rio de Janeiro.



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