terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Ordem dos Músicos do Brasil - OMB
OMB & UNIÃO DOS MÚSICOS DO BRASIL - UMB


A Ordem dos Músicos, com seus conselhos regionais e federal, tinham como seus fiéis militantes e defensores músicos como Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnatalli e Francisco Mignone.
Em 1957, o maestro Siqueira fundou a União dos Músicos do Brasil (UMB) para solucionar uma questão essencial para a classe: a regulamentação e o reconhecimento legal da profissão de músico, que não existia. "Na época, os músicos eram divididos em grupos estanques que não tinham relações em comum. Fomos até o Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, e conseguimos um grande número de assinaturas - foi um milagre de configuração política", relembra o teatrólogo e violinista Hélio Bloch, sócio número 2 da UMB.
Durante um ano, a associação atuou como uma espécie de "CUT musical", agregando os sindicatos estaduais e as bandas militares. Em 1958, o maestro Siqueira, que também era advogado, trocou a batuta pela caneta e redigiu um anteprojeto de lei para a criação da Ordem dos Músicos.
O documento foi entregue ao presidente da República Juscelino Kubitschek - JK, no dia de seu aniversário, durante uma alvorada musical. Os artistas queriam que o presidente acordasse para o problema da regulamentação da profissão. E foi o que aconteceu, literalmente.
Às 5h. da manhã, uma orquestra se instalou nos jardins do Palácio do Catete e, sob a regência de Eleazar de Carvalho, atacou uma apoteótica interpretação da folclórica canção Peixe Vivo.
Juscelino sancionou a Lei nº 3.857, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, em 22 de dezembro de 1960, e o primeiro presidente do órgão foi seu próprio idealizador. Siqueira ficou três anos no cargo. Em 1964, com o golpe militar, ele e outros dirigentes regionais da OMB como Constantino Milano Neto, em São Paulo, foram acusados de pertencer ao Partido Comunista e acabaram destituídos após uma intervenção federal, afirma Bloch.
Juscelino sancionou a Lei nº 3.857, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, em 22 de dezembro de 1960, e o primeiro presidente do órgão foi seu próprio idealizador. Siqueira ficou três anos no cargo. Em 1964, com o golpe militar, ele e outros dirigentes regionais da OMB como Constantino Milano Neto, em São Paulo, foram acusados de pertencer ao Partido Comunista e acabaram destituídos após uma intervenção federal, afirma Bloch.
"Acho que o fato de Siqueira ser um simpatizante atuante das ideologias de esquerda influenciou a inclusão de seu nome na lista negra do regime militar", afirma Bloch.
O paraibano José de Lima Siqueira ao falecer, na cidade do Rio de Janeiro, em 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural. Compositor, regente, professor e musicólogo, Siqueira criou e dirigiu quatro orquestras - a Sinfônica Brasileira, a Sinfônica do Rio de Janeiro, a Sinfônica Nacional e a Orquestra de Câmara do Rio de Janeiro.
MAESTRO E ACADÊMICO JOSÉ DE LIMA SIQUEIRA
MAESTRO E ACADÊMICO JOSÉ DE LIMA SIQUEIRA
1907 Conceição do Piancó/Paraiba – 1985 Rio de Janeiro/RJ
Um dos brasileiros mais ilustres, o maestro José Siqueira é natural de
Conceição do Piancó - Paraíba.
Foi professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de
Janeiro; idealizou e criou a Orquestra Sinfônica Brasileira; membro
fundador da Academia Brasileira de Música e da Academia Brasileira de
Artes; regeu as mais importantes orquestras do mundo, nos Estados
Unidos, Canadá, França, Portugal, Itália, Holanda, Bélgica, e na Rússia,
onde boa parte de sua obra foi editorada e preservada; membro do Júri de
Composição em Moscou; oficializou junto ao prefeito Miguel Arraes, a
Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do país. Idealizou e criou
a Ordem dos Músicos do Brasil, assumindo a sua Presidência em
1960.
Regente e compositor reconhecido com mérito no Brasil e no exterior,
regeu nos Estados Unidos grandes orquestras como a Sinfônica de
Filadélfia, Detroit, Rochester. Na França, a orquestra da rádio de
Paris; e em Roma, a Sinfônica de Roma, entre outras. Também regeu a
Orquestra Filarmônica de Moscou, onde participou como júri de grandes
concursos internacionais.
Deve-se a ele também a criação da Orquestra Sinfônica de Rio de
Janeiro, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra de Câmara do Brasil,
Sociedade Artística Internacional, o Clube do Disco e a União dos
Músicos do Brasil.
CONTATO
Para informações sobre a obra do Maestro José Siqueira
msanmartini@uol.com.br
Em 1957, o maestro Siqueira fundou a União dos Músicos
do Brasil (UMB) para solucionar uma questão essencial para a classe: a
regulamentação e o reconhecimento legal da profissão de músico, que não
existia. "Na época, os músicos eram divididos em grupos estanques que
não tinham relações em comum. Fomos até o Villa-Lobos, Eleazar de
Carvalho, e conseguimos um grande número de assinaturas - foi um milagre
de configuração política", relembra o teatrólogo e violinista Hélio
Bloch, sócio número 2 da UMB.
Durante um ano, a associação atuou como uma espécie de "CUT
musical", agregando os sindicatos estaduais e as bandas militares.
Em 1958, o maestro Siqueira, que também era
advogado, trocou a batuta pela caneta e redigiu um anteprojeto de
lei para a criação da Ordem dos Músicos.
O documento foi entregue ao presidente da República Juscelino
Kubitschek - JK, no dia de seu aniversário, durante uma alvorada
musical. Os artistas queriam que o presidente acordasse para o problema
da regulamentação da profissão. E foi o que aconteceu,
literalmente.
Às 5h. da manhã, uma orquestra se instalou nos jardins do Palácio do
Catete e, sob a regência de Eleazar de Carvalho, atacou uma apoteótica
interpretação da folclórica canção Peixe Vivo.
Juscelino sancionou a Lei nº 3.857, que criou a Ordem dos Músicos do
Brasil, em 22 de dezembro de 1960, e o primeiro presidente do órgão
foi seu próprio idealizador. Siqueira ficou três anos no
cargo. Em 1964, com o golpe militar, ele e outros dirigentes regionais
da OMB - como Constantino Milano Neto, em São Paulo - foram acusados
de pertencer ao Partido Comunista e acabaram destituídos após uma
intervenção federal. "Acho que o fato de Siqueira ser
um simpatizante atuante das ideologias de esquerda influenciou a
inclusão de seu nome na lista negra do regime militar", afirma
Bloch.
Hélio Bloch foi violinista e dramaturgo. Foi um dos fundadores do
Teatro Santa Rosa e escreveu, em 1967, a comédia musical A Úlcera de
Ouro. Bloch também escreveu o romance “A tartaruga cibernética”,
publicado pela Expressão e Cultura, com capa de Ziraldo e prefácio de
Artur Xexéo
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